Thursday, December 3, 2009

The Fountainhead.


Cá está um filme (e livro) obrigatório(s), confesso que o livro ainda não o li mas o filme, esse, já cá canta.
The Fountainhead conta-nos a história de um arquitecto individualista, Howard Roark (interpretado por Gary Cooper), que prefere opor-se à sociedade a corromper, em seu favor, a sua obra. É por isso mesmo, a apologia do homem superior, o exemplo acabado do self-made man americano.
O filme é brilhante, cheio de idealismos, poderosos argumentos e, muito sangue na guelra. Não deixa ninguém indiferente mas, apesar de nos embalar num certo narcisismo "fácil" de que todos são uma merda, excepto nós, há que ter em atenção de que não defende dos mais nobres valores, bem pelo contrário, é a habitual jiga-joga do poder em que uma elite esmaga todos os outros.
Podemos comparar por oposição The Fountainhead com um outro filme: Agonia e Êxtase de Michelangelo. No âmbito daquilo que tenho aprendido sobre as questões do Bem e do Belo, o primeiro defende a perspectiva do materialismo, em que esses valores nos são inerente a nós e somente de nós mesmos dependem, ao passo que o segundo acima mencionado é a perspectiva de que o Bem e o Belo nos são exteriores e que a sua validade reside num arquétipo máximo (para o caso será Deus), perspectiva com a qual sou bem mais concordante.
Não obstante, The Fountainhead é um belíssimo filme (..e a história encapotada de Frank Lloyd Wright ;) )




THE FOUNTAINHEAD. Dir.King Vidor. 1949. Warner Bros. Pictures.

No comments:

Post a Comment